A Medida Provisória nº 520, de dezembro de 2010, pelo Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad,
da Casa Civil e Paulo Bernardo Silva, Subchefia para assuntos Jurídicos, criou a Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares (EBSERH).
Para a o DCE a nova empresa pública não vai resolver os graves problemas que
existem hoje nos Hospitais Universitários e no SUS e ainda vai trazer conseqüências
futuras profundas, em sua maioria prejudicial tanto a servidores, quanto a trabalhadores,
estudantes, docentes e usuários do SUS, Por acreditar que: 1- A MP 520 não garante o emprego
desses trabalhadores. Ao contrário, coloca como forma de ingresso na nova empresa
pública o processo seletivo. Não está também garantido os quantitativos de vagas para
este concurso. Na melhor das hipóteses (e menos provável), prorroga o prazo para evitar as
demissões por mais 2 anos. 2- Poderão ser cedidos para a nova empresa pública e passarão a receber
salários desta nova empresa. Os benefícios conquistados em nosso Plano de Carreira (como incentivo a qualificação) e as 30 horas não estão garantidos. 3- A divisão da categoria nos
fará mais fracos, dificultando novos processos de mobilização, como greves e paralisações.
Atualmente, alguns setores são fundamentais nas greves e paralisações, como o hospital, o RU,
a Centran, os setores de controle financeiro, entre tantos outros. 4- A nova empresa fará contratos temporários, fazendo com que decaia a qualidade do serviço prestado hoje nos Hospitais Universitários.
Há também a possibilidade de cobrança por consultas e procedimentos como já acontecem hoje
nos hospitais de São Paulo geridos pelas Organizações Sociais (OS’s). 5-
A desvinculação do HC da UFPR trará graves prejuízos a qualidade do ensino
. Pelo atual projeto, estão ameaçados estágios que hoje acontecem no HC/UFPR.
Por outro lado, haverá no hospital uma nova equipe de profissionais, sem o vínculo acadêmico com a instituição, dificultando as aulas e pesquisas.
Com muito esforço, as oposições a MP 520, com apoio de alguns senadores da base governista,
conseguiram fazer com que a MP 520/10 (chamada agora de PLV 14/2011), que criaria a EBSERH,
não fosse votada em plenária a no dia 31 de maio, e perdesse a sua validade, por fazer muito tempo da sua edição pelo Poder Executivo. Agora este Poder (no caso, a presidente Dilma) terá que re-editar a MP. É uma primeira vitória da pressão dos trabalhadores contra a aprovação a da MP520/10.
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